Constipação intestinal na neurologia. Quais orientações dietéticas?

Constipação intestinal na neurologia. Quais orientações dietéticas? A constipação intestinal é uma causa comum de queixa importante em pacientes neurológicos. A incidência de constipação aumenta com a idade, com 30 a 40% das pessoas com mais de 65 anos de idade citando a constipação como um problema, sendo que afeta cerca de 80% dos pacientes criticamente doentes.

Os critérios de Roma III para a constipação, a qual se caracteriza por dois ou mais dos sinais ou sintomas citados:

CRITÉRIOS DE ROMA III PARA A constipação (pelo menos dois da seguintes

1. Esforço para realizar evacuação em, pelo menos, 25% das vezes                      2. Fezes endurecidas, pelo menos, 25% das vezes 3. Sensação de evacuação incompleta, pelo menos, 25% das ocasiões 4. Menos de três evacuações por semana

Causas comuns:

• Neurológicas: Esclerose múltipla, neuromielite optica, Neuropatias, doença de Parkinson, paralisia cerebral, cadeirantes ou acamado prolongados.
• Medicamentos: Analgésico narcóticos (codeina, metadona, morfina), antipsicóticos, anticolinérgicos, antidepressivos, antiepilepticos, antiácidos, anti-histamínicos, Abuso de laxante crônico.
• Outras doenças: Hipotireoidismo, hiperparatireoidismo, diabetes, Hipomagnesemia, hipercalcemia, hipocalemia entre muitas outras.
• Gastrintestinais: Tumores, hérnias, aderências, condições inflamatórias e volvos, tumor de crescimento lento, dismotilidade colônica, patologia anal crônica, Fissura anal, hemorroidas, abscessos anorretais, proctite.
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Constipação intestinal na neurologia. Quais orientações dietéticas?

O manejo da constipação crônica (funcional):

O manejo da constipação crônica requer uma abordagem multidisciplinar e, em casos raros, as medicações podem aliviar rapidamente o problema. Inicialmente, o mais importante é seguir as orientações em relação ao estilo de vida e à modificação da dieta.

Constipação intestinal na neurologia. Quais orientações dietéticas? — ORIENTAÇÕES BÁSICAS:

• Prática de atividade física regular;
• aumento de ingesta de fibras (20 a 25g/dia);
• Mastigue bem os alimentos, comendo devagar e saboreando cada colherada;
• Fracione a alimentação em 05 a 06 refeições ao dia;
• Ingerir líquidos em quantidade adequada (1,5 a 2 litros de água por dia);
• Ingerir sucos de frutas sem coar, acrescentando aveia, farelo de trigo ou ameixa;
• Não utilizar laxativos por conta própria;
• Cultivar o hábito de ir ao banheiro no mesmo horário, mesmo sem vontade de defecar;

EVITE:

• Evite comer fora dos horários;
• Evite alimentos obstipantes, como: maisena, tapioca, farinha de mandioca, banana, batata doce, caju, goiaba, fubá de milho, limão, Chá mate, chá preto, Pão francês, biscoito de polvilho, biscoito de água e sal, macarrão comum;
• Evitar alimentos refinados como farinhas (mandioca, milho e farofas), massas e alimentos industrializados;
• Evitar líquidos durante as refeições.

PREFIRA:

• Consumir frutas com casca ou bagaço sempre que possível: (mamão, ameixa, manga, laranja, melancia, abacate, abacaxi, uva)

• Consumo de Azeite de oliva é um opção;

• Ingerir diariamente vegetais folhosos como: alface, couve, rúcula, agrião, repolho, espinafre; legumes: beterraba, abóbora, vagem, maxixe, quiabo, jiló;

• Introduza na dieta alimento ricos em fibras como: farelo de trigo, aveia, centeio, milho, linhaça, granola, frutas (mamão, laranja com bagaço, abacaxi, manga, melancia, caqui, figo, ameixa), vegetais folhosos (couve, repolho espinafre, agrião, alface), vegetais crus (cenoura, beterraba, cebola, tomate e outros como: vagem, quiabo e maxixe), Leguminosas (feijão, grão de bico, lentilha, ervilha);

• Consumir iogurte, coalhada ou leite fermentado ocasionalmente poderia ajudar;

• Alimentos que poderiam ajudar: Abacate, abóbora, aipim, ameixa, andu, arroz integral, caqui, cajá, ervilha, feijão, granola, kiwi, iogurte com ameixa, laranja com bagaço, mamão, maxixe, pão integral, tangerina com bagaço, todos os folhosos, umbu, uva, vagem, chia e linhaça.

Quando procurar avalição mais detalhada:

Constipação intestinal na neurologia. Quais orientações dietéticas? Os sinais de alarme incluem a presença de sangue em fezes, anemia ou deficiência de ferro inexplicada, sintomas de obstrução intestinal como náuseas, vômitos e incapacidade de eliminar flatos, dor e distensão abdominal severas, perda de peso maior que 5kg, inexplicada, instalação abrupta ou história familiar de câncer de colo. A presença de qualquer desses achados indica uma avaliação mais detalhada.

Bibliografia:

https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisohttps://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/7272/constipacao.htm#:~:text=Os%20médicos%2C%20tradicionalmente%2C%20definem%20a,ou%20sensação%20de%20evacuação%20incompleta.es/7272/constipacao.htm#:~:text=Os%20médicos%2C%20tradicionalmente%2C%20definem%20a,ou%20sensação%20de%20evacuação%20incompleta.