Dieta anti-inflamatória. Ao falar de esclerose múltipla é importante falar sobre orientações sobre modificação de estilo de vida e a dieta é um dos pontos mais importantes.
EM e inflamação
Dieta anti-inflamatória. A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, degenerativa e de caráter inflamatório, que acomete a bainha de mielina. Neste contexto, torna-se clara a importância do consumo de alimentos anti-inflamatórios. O intestino é um elemento-chave no que diz respeito a uma série de doenças, evita que elementos desagradáveis sejam absorvidos e quando temos uma “disbiose”, ou seja, quando o intestino possui mais bactérias patogênicas do que benéficas o organismo perde a ação de seletividade e acaba absorvendo moléculas que serão reconhecidas como invasoras, desencadeando a inflamação e, consequentemente, piorando a doença.
Os tratamentos para esclerose múltipla (EM) têm como objetivo reduzir a inflamação, retardando a progressão, e uma dieta anti-inflamatória também poderia retardar a progressão da doença.
Dieta antiinflamatória ajudar?
Já foi proposto que uma dieta anti-inflamatória possa ajudar a retardar a progressão da doença em distúrbios autoimunes. Existem estúdio concluídos e em andamento para testar esta hipótese em pacientes com EM, mas é difícil, por muitas razões, tirar conclusões amplas quanto aos benefícios da dieta. Por exemplo, muitos estudos não incluíram bons controles e se basearam nas informações relatadas pelos pacientes. Porém o que foi demostrado, é que dietas com potencial inflamatório podem estar envolvidas nos processos fisiológicos associados ao aparecimento e piora de doenças crônico e neuro degenerativas.
Sugestão de que preferir e o que tentar evitar
Uma dieta antiinflamatória é um estilo para uma alimentação saudável, em sua essência, essa dieta é estilo mediterrânea, ou seja, com foco em gorduras saudáveis (azeite, nozes, amêndoas, abacate, peixes), alimentos ricos em nutrientes (frutas, verduras e legumes), carboidratos com carga glicêmica baixa (grãos integrais), ervas frescas e especiarias. Sempre dentro do possivel tentar evitar ou diminuir alimentos (tabela 1)que tem o potencial de por promover a inflamação pós-prandial e consequentemente uma possível inflamação sistémica.
Sugestão de que preferir e o que tentar evitar
Preferir | Tentar evitar ou diminuir consumo. |
Alimentos ricos em vit: B12, E e C Ômega 3 e 6 (de alimentos) Prato colorido (verduras) Peixe: salmão, atum, trucha , sardinha Ovo Lentilha, feijão, arroz integral, cereais integrais. Sementes: abobora Iogurte natural, 1 vez a semana 100 ml sem açúcar (lactobacilos) Abacate Aceite oliva, milho, canola Verduras crus ou ao vapor Frutas: uvas, cereja, laranja, limão, maçã, amora, morango, caju, jabuticaba, mirtilo, ameixa, damasco, banana goiaba, kiwi, acerola, mamão Hortaliças: couve, couve-flor, tomate, alho, cebola, espinafre, repolho, rabanete, escarola, mostarda, nabo, beterraba, brócolis, cenoura Sementes oleaginosas: castanhas, nozes, amendoins, amêndoas, pistache, avelãs Ervas aromáticas e especiarias: alecrim, manjericão, manjerona, sálvia, alfavaca, gengibre, canela, cúrcuma, cravo, orégano Bebidas: suco de uva integral, suco de amora integral, suco de mirtilo, chá verde, chá branco (evitar abuso) Chocolate amargo (com mais de 70% de cacau). | Sal Refinada Refrigerantes e sucos de caixinhas Açúcar refinada e alimentos ricos em açúcar Gorduras animais (cerdo ou res) Glúten: trigo (pães, massas, biscoitos, bolos, produtos industrializados de um modo em Geral) centeio, cevada e a aveia no seu processo de fabricação contém glúten. Leite de vaca (Por uma proteína no leite de vaca, que pode desencadear inflamação) Margarina (preferir manteiga) Evitar repetir óleos de cozinha Frituras Óleo de palma Alimentos em conservantes Alimentos “light”. (Light e diet não é necessariamente sinônimo de saúde.) — Batatas fritas light (cheios de glúten e gorduras trans); — Sumos e refrigerantes light (açúcar concentrada com inúmeros conservantes); — Barras energéticas (contêm farinha refinada com glúten, açúcar e gorduras trans); — Molhos e temperos para saladas (apresentam conservantes, xarope de milho e emulsionantes). |
E agora?
Minha recomendação é saber que é importante escolher com sabedoria os alimentos com propriedades anti-inflamatórias, com redução de gordura trans e saturadas, e aumentar o consumo de frutas, hortaliças e cereais integrais estão associados à melhora do estado inflamatório subclínico lembrado que Exercícios adequados e hábitos alimentares saudáveis são importantes para todas as pessoas com EM.
Antes de fazer grandes mudanças, é sempre uma boa ideia conversar com seu médico neurologista, nutrologo e um nutricionista. Eles podem ajudá-lo a descobrir os alimentos a incluir e evitar, ao mesmo tempo em que garante a nutrição e as vitaminas necessárias.
“Que seu alimento seja seu remédio e seu remédio seja seu alimento” (Hipócrates)